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Mostrando postagens de julho, 2017

Joãozinho de Ogum

− Patacori Ogum! Meu nome é Joãozinho de Ogum, minha fé foi forjada no fogo ardente do amor por aquele que me deu a luz primeiro, nosso Deus, e depois o Preto Velho João Guiné e o general Henrique. Foram eles que me encontraram perdido no campo de batalha naquela noite em que me perdi daqueles que amo e deixei este mundo de vocês. “Assim eu cheguei a cidade de Aruanda: em uma maca, segurando a mão de um homem de armadura medieval e capa azul, seus pés estavam sujos de lama e sua amadura arranhada pela batalha travada com os meus raptores, mas o sol batia em seu peito e ele brilhava como se fosse o próprio sol. E eu, um menino assustado, me sentia protegido. Depois de tudo que eu tinha passado, um soldado do Cristo, do próprio Jesus, havia ido me buscar e foi assim que fui levado ao centro médico e fiquei por muito tempo lá sendo tratado. ” “Por uma decisão minha mantive meu períspirito em forma infantil, porque assim poderia depois de muito estudo me tornar um guerreiro igual

Erê Julinho

− Ô tio, me dá mel? Porque mel é o que eu mais gosto nessa terra, é uma delícia! Pois o mel representa tanta coisa linda, tio, desde os trabalhos das abelhas para fazer até vim parar dentro da minha barriga ele passa por tantas transformações! Assim sou eu, você e todos, tio! Passamos por tantas transformações e vamos continuar passando, já que esse é o nosso destino. Hoje meu nome é Julinho, tem dia que me chamo Dr. Júlio... e as pessoas ficam se perguntando “como uma criança pode fazer remédios?”, mas elas esquecem, né tio? Que antes de ser um Erê que trabalha na cura, na alegria, na transformação, eu sou um espírito e não é porque me apresento como criança que não posso trabalhar. “Erê, tio, não é criança que brinca o tempo todo e fica fazendo brincadeira pra vocês se divertirem, somos mensageiros dos Orixás, trazemos a cura nas mãos. Eu estudo muito, todos os dias vou para a escola de Pai Joaquim e lá tenho professores. Vovó Cambina, João Guiné, o Caboclo Cobra Coral e até o cap

Caboclo Flecheiro

“Ele atirou... Ele atirou e ninguém viu, só seu Flecheiro é quem sabe aonde a flecha caiu...” − Exi fio, que este Caboclo se faz presente com muita alegria no coração e como vocês cantam por aqui “as matas estão enfeitadas, cobertas em flores” fios, pois mais uma vez o povo de Aruanda trabalhou para com êxito alcançar seus objetivos e as flechas do amor e da boa vontade abriram os caminhos para que também dessa forma nós possamos trazer até vocês mais das nossas experiências. “Meu nome alguns de vocês ainda nem ouviram, pois não sou um Caboclo que está sempre incorporando, já que cada um faz aquilo que sabe e do lado de cá nós sabemos o nosso lugar. E o meu, na maioria das vezes, é desse lado lutando e atirando minhas flechas para que nada de mal aconteça aos meus fios. Sim fios, como eu, esta casa tem mais guias que nem incorporaram e que são chefes de legiões, esse Caboclo que vos fala agora é o chefe da legião de Caboclos da vossa casa, e os fios ficaram confusos agora né? P