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Mostrando postagens de abril, 2018

Vovó Cambinda

− Fios, que alegria é estar aqui nesse dia bendito e santo, e quanto tempo esperamos por este momento em que o verbo se transforma em letra e esta velha de mão calejada e rosto sofrido pode contar um pouco de si. Eita que vocês pareciam cangos afoitos e preocupados se mais tarde teria o que comer de tanto que tagarelavam de mim! Tô reclamando não fios, acho bonito o prosear de vocês e o quanto a alegria é contagiante, tá certo que eu sinto o coração de alguns apertado, mas fios quando eu sentava no terreiro e pedia resposta à Olorum e aos Orixás, eles nunca me abandonaram. Meus telhado era as estrelas e minha proteção vinha dos raios de Iansã e nada nunca me faltou.” “Os fios devem está perguntando “como assim vó, nada faltou? A vó era escrava...”, mas fios eu tinha o que precisava, tinha as águas de Oxum que me banhava, tinha a força de Oxóssi que me fazia valorizá o que sobrava da casa grande e a sobra virava fartura, eu tinha as folhas de Ossaim que me ajudavam a curar os can